Osteomielite é a infecção do osso
Pessoas com diabetes mal controlada por muitos anos costumam desenvolver nos pés, úlceras profundas, por vezes não dolorosas e de difícil cicatrização.
Esta condição é tão comum e típica do diabético que é conhecida como pé diabético.
De fato, a cada ano, 4% de pessoas portadoras de diabetes mellitus desenvolvem pé diabético.
85 % dos pacientes diabéticos que precisam amputar alguma extremidade, iniciaram o seu problema com úlceras nos pés.
Saber se esta úlcera está infectada ou não muda totalmente a abordagem de tratamento.
Saber se a infecção dessa úlcera atinge o osso (osteomielite) define condutas como profundidade de cirurgia, tempo de tratamento, etc.
O rápido diagnóstico da osteomielite em pacientes com Pé diabético é fundamental para uma boa resposta ao tratamento.
Em algumas situações, o acometimento do osso está bastante evidente:
O melhor exame de imagem para identificação de osteomielite é a Ressonância Magnética
Este exame é capaz de revelar alterações muito características de osteomielite no próprio osso.
Além disso pode mostrar alterações anatômicas e no tecido muscular próximo ao osso
O problema desse exame é que existem alguns fatores confundidores que podem atrapalhar a leitura do mesmo.
Alterações ósseas, incluindo as ocasionadas pelo próprio processo neurodegenerativo da diabetes, podem se confundir com as alterações causadas pela infecção.
Exames como o PET-Scan com FDG (uma espécie de tomografia que utiliza um contraste especial), ou mesmo a PET-Ressonância, são mais sensíveis, mas mais difíceis de serem usados para este fim devido ao alto custo e pouca disponibilidade.
A cirurgia é parte do tratamento e única forma de confirmação diagnóstica.
A confirmação diagnóstica só pode ser feita por anatomia patológica do próprio osso.
Ou seja, retirando um pedaço do osso e analisando ao microscópio.
O material retirado também é utilizado para realização de culturas.
As culturas são muito importantes pois ditam o antibiótico mais adequado para o tratamento
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