CENÁRIO
Osteoporose e câncer colorretal (CRC) em mulheres mais velhas são considerados enormes encargos à saúde pública. Os efeitos da osteoporose no resultado da cirurgia oncológica CRC são mal compreendidos. Nós estudamos o uso da ferramenta de auto-avaliação de osteoporose para os asiáticos (OSTA) visando acompanhar a evolução pós-operatória em mulheres mais velhas, depois de receber o tratamento cirúrgico CRC.
MATERIAIS e MÉTODOS
O único estudo retrospectivo disponível analisou pacientes que tinham sido submetidos a cirurgia CRC entre 2002 – 2008. Para filtrar a grande população de mulheres com osteoporose, que consiste em mulheres pós-menopáusicas, apenas as pacientes com 50 anos ou mais foram analisadas. Suas pontuações OSTA foram definidas quanto à correlação entre a sobrevivência após realizada a cirurgia CRC verificando indicadores univariados, multivariados e análises de sobrevivência.
RESULTADOS
Durante um período de 7 anos, 440 mulheres foram estudadas. A taxa de mortalidade geral e mortalidade específica por câncer foi de 28,4% e 33,4%, respectivamente. As análises univariadas revelaram que preditores significativos de mortalidade específica por câncer após a cirurgia CRC foram registrados pela União Internacional Contra o Câncer (UICC) e índice OSTA: gradação histológica, presença de metástases linfáticas e profundidade de invasão do tumor. Após ajustes, as etapas da UICC e o índice de risco OSTA tornaram-se preditores independentes de mortalidade. A comparação do índice de risco OSTA entre os pacientes nos diferentes estágios da UICC mostrou que a precisão do índice para prever a sobrevivência específica após a cirurgia CRC foi maior para os pacientes nos estágios II e III da doença.
CONCLUSÕES
O estágio UICC e o índice de risco OSTA mostraram associações independentes e positivas em relação a mortalidade pós-operatória em pacientes do sexo feminino com idade CRC. Além disso, o índice OSTA tem particularmente forte associação com a mortalidade específica relacionada aos estágios da UICC para paciente com câncer nas fases II e III.
Fonte: Journal of Surgical Research